domingo, 21 de junho de 2009

Póstumus












Já passamos por carnificinas
Que destruíram as nossas vidas
Alimentamos a nossa irá
Fomos condenados a agonia infinita
Contraímos doenças incuráveis
Escarramos nossos próprios cadáveres
Fomos vitimas do nosso ódio
E nos tornamos esses seres mórbidos
Fomos julgados por demónios e anjos
Que se ausentaram por todos esses anos
Não atenderam aos nossos sonhos
Nos transformaram nos monstros que nós somos
Sequestraremos a sua vida
E levaremos para agonia infinita
Nos perderemos no mundo dos sonhos
Habitado pelos mortais humanos
Não somos comuns porque não estamos vivos
Odiamos alguns, pois não temos amigos
Encarcerados e torturados, nós já passamos por isso
Excomungados e queimados por católicos de Cristo
O amanhã não existe mais para nós
E o Satã não é mais nosso algoz
Nós fomos os bebes do Vietnã
E os adolescentes massacrados no Irã
O céu não é azul e não há infinito!
Isso não corresponde com o que esta escrito!
Nem mesmo os anjos falaram comigo...
E a solidão é o nosso único abrigo!



Lobo Michael

2 comentários:

Unknown disse...

nossa!!!estou sem palavras pra essa poesia...ela é simplesmente fodástica...me lembrou muito Augusto do anjos...

Anônimo disse...

DEsculpa descordar da Natalia ... a poesia é deslumbrantemente gotica ... triste e pra variar transbordando seus sentimentos ... mas to preocupada com o rumo da dor de quem escreve ...