quinta-feira, 12 de junho de 2008

Vertigens da Loucura


Vagando pelas lembranças do pensamento. Vejo o ominoso ser que és meu infortúnio. Perturbando e afligindo meu ignoto mundo. Não deixando ter paz nem por um segundo. Se esconde por de trais dos ventos uivantes. Trazendo agonia aos meus sonhos mutantes. Quando eram para ter inspiração constante. Para tornarem o meu mundo mais relevante. Não sei aonde foste a minha tranqüilidade. Quando eu enveredei com a tal felicidade. Pelos caminhos errantes do aflito coração. Trazendo para a vida como a última razão. Acreditei estar só entre muitos na multidão. No desabitado templo de minha imaginação. Que sofre pela minha amaldiçoada condição. De inconstante na procura de gozar emoção. Tu loucura está me seguindo por todo o canto. Querendo que se acredite em sua insanidade. Que o desafeto é quem leva a se ter dignidade. Desprezando o amor nos caminhos da verdade. Não quero crer no assim é que tinha que ser. Quero sentir o meu abraço em transformação. Então o sorriso no meu olhar eu poderei ver. Expulsando pra valer da alma a sofreguidão. O que desejo é sentir um beijo no meu beijo. Antes que venha a morte e me leve consigo. Então poderei saber de ti e tu saber de mim. Me tirando desta vereda que parece sem fim. Nas vertigens da loucura não se vê harmonia. Alienado é o sentido com tanta oferta e clamor. O humor se torna obscuro ao manter a alegria. E nesta insensatez incólume é o desejo de amor.
Autor desonhecido

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