quinta-feira, 12 de junho de 2008

Sou um velho diário perdido na areia.


Meus olhos te viram triste. Olhando pro infinito. Tentando ouvir o som do próprio grito. E o louco que ainda me resta. Só quis te levar pra festa. Você me amou de um jeito tão aflito.
Que eu queria poder te dizer sem palavras. Eu queria poder te cantar sem canções. Eu queria viver morrendo em sua teia. Seu sangue correndo em minha veia. Seu cheiro morando em meus pulmões. Cada dia que passo sem sua presença. Sou um presidiário cumprindo sentença. Sou um velho diário perdido na areia. Esperando que você me leia. Sou pista vazia esperando aviões.
Sou o lamento no canto da sereia. Esperando o naufrágio das embarcações.
Autor desoconhecido

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